quarta-feira, 5 de março de 2008

Limites

Tenho como divisa a virtual linha que define o meu e o seu direito. Somos todos um, é bem verdade, mas ainda dispostos numa condição social e humana que não nos permite ignorar isso...


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Porter é um garoto americano, uma das estrelas de um time de basquete de Utah. Ele também é titular de uma equipe de basebol e tornou-se uma das sensações da sua escola, considerado pela maioria como um exemplo a ser seguido. Tudo isso seria ‘comum’ se se referisse a uma estrela de Hollywood, ou até mesmo a alguém superdotado. Mas, não. Estamos falando de um jovem rapaz que perdeu o braço direito num acidente de carro, quando era criança. Isso mesmo. Ainda que com apenas o braço esquerdo, joga muito e mostra a todos o quanto é possível superar limites. “As dificuldades aparecem ao longo da vida e o segredo é enfrentá-las” – frase do vencedor...


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O exemplo do jovem americano é só mais um nesse vasto mundo. Contudo, ele deixa uma sensação paradoxal: por que, na maioria das vezes, precisamos ‘perder’ algo para nos superar? Nascemos numa sociedade limitadora, fundamentada no medo e na não-aceitação. Crescemos temendo um Deus que pune, sendo educados com um excesso de ‘não’s, acreditando que somos ‘pecadores’, pobres e fracos. A cada dia descubro que sou mais, que podemos ir muito além do que somos, que Deus faz parte de mim – e vice-versa – e que a vida é uma ilusão necessária, um tempo em que se deve explorar os limites de nós mesmos. Quando, enfim, libertaremos esse ser poderoso que em nosso âmago habita? Até quando permaneceremos amiudados?