sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Os Raios e a Questão Homossexual

Pernambuco e Uganda estão mais próximos do que podemos imaginar...

Aqui no Nordeste do Brasil, os raios teimam em cair. Três mortes já foram registradas nos últimos dois meses. Lá na África, uma lei contra o homossexualismo está prestes a ser votada. E, nela, se prevê até pena de morte para a denominada “homossexualidade agravada”.

Aqui, pessoas ameaçadas por um fenômeno natural; lá, pessoas ameaçadas pelas suas preferências sexuais. Mortes ocasionadas por queda de raios acontecem em qualquer lugar do mundo; leis anti-homossexualismo e pena de morte para gays, não – mas, infelizmente, elas existem em algumas nações da Terra.

Os raios em Pernambuco são exemplo contundente das verdadeiras leis (naturais) que regem nosso planeta. O projeto de lei em Uganda vai na contramão, ferindo a liberdade individual e as verdadeiras leis (naturais) que norteiam os seres humanos.

É. Pernambuco e Uganda estão mais próximos do que podemos imaginar...

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Para ajudar a pressão internacional contra a lei em Uganda, assine o protesto mundial movido pela AVAAZ: acesse http://www.avaaz.org/po/uganda_rights/?fr e participe!

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E vale a observação: crime é crime, opção sexual não...

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Mais Um, Menos Um...

“Quando você olhar para o relógio e ele estiver marcando ‘mais um... mais um’..., na verdade ele estará lhe dizendo: ‘menos um... menos um’...

A frase acima pertence ao Sr. Ferreira, personagem do filme Abril Despedaçado, de Walter Salles, película inspirada no livro homônimo de Ismail Kadaré. E embora na obra ela abranja uma situação específica, a sua aplicação na vida humana é contundente. O tempo passa. Os ponteiros seguem. E é nesse ‘mais um, menos um’, que construímos a nossa vida.

A ilusão do tempo foi a ferramenta perfeita encontrada pelo ‘desconhecido’ para ajustar o passo humano. A crença no imediatismo como remédio se desfaz ante o conta-gotas retilíneo e incisivo do andar do relógio. É cura. Experiência. Êxito. Tudo a longo prazo.

Nós, brasileiros, estamos vivendo um tempo marcado pela cobiça. A corrupção é a palavra de ordem – física, moral, intelectual. Uma maioria praticante, que acredita ser esse tempo definitivo. Que ignora a eternidade. Que se esquece do verdadeiro poder – esse sim, imperecível.

Em ano de eleições, a baixaria e a manipulação já invadem as caixas de e-mail. Notícias inverossímeis ou moldadas para tendenciar a opinião alheia. É a tropa querendo conduzir a manada. Camuflando as reais intenções por trás de tudo isso. Gente de ‘lados opostos’, mas de intenções afins quando o assunto é a regalia do poder e a mamata nas fartas tetas do poder público. Gente que anda esquecendo que o relógio anda - quer com chuva, sol, tempestade, terremoto, tsunami...

Estou atento. Olhando para o relógio. Ligado no que me cabe enquanto ser vivente ainda atrelado aos ponteiros. Mas não duvideis: estou fora dessa esculhambação toda. Sigo alheio ao cinismo dessa famigerada classe política. E assim continuarei (ainda que atento para fazer a minha parte no contexto cívico), repetindo a frase do Sr. Ferreira como um mantra em minha mente, direcionando-a para os protagonistas dessa ainda lastimável cena política tupiniquim:

“Quando você olhar para o relógio e ele estiver marcando ‘mais um... mais um’..., na verdade ele estará lhe dizendo: ‘menos um... menos um’...

E o conta-gotas retilíneo do tempo um dia vai me dar razão. Ah, vai...

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Vamos Acabar com a Sacanagem?

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Agora não tem desculpa. A decisão é sua. Tirar o "nariz de palhaço" e fazer estardalhaço está um tantinho mais fácil. Explico...
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Para quem ainda não recebeu algo do gênero por e-mail, vai o link da AVAAZ (clique e confira), organização sem fins lucrativos e que encampou de forma decidida e inteligente um movimento pela aprovação do intitulado projeto da "Ficha Limpa", que, se aprovado, promete impedir que políticos com ficha suja se candidatem a qualquer cargo público no Brasil.
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"Avaaz.org é uma organização independente sem fins lucrativos que visa garantir a representação dos valores da sociedade civil global na política internacional em questões que vão desde o aquecimento global até a guerra no Iraque e direitos humanos. Avaaz não recebe dinheiro de governos ou empresas e é composta por uma equipe global sediada em Londres, Nova York, Paris, Washington DC, Genebra e Rio de Janeiro. Avaaz significa "voz" em várias línguas européias e asiáticas" - trecho publicado no site avazz.org.
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Eu estou cansado de ser tratado como palhaço e já aderi à camapanha. E você? Clique, mande sua mensagem e saiba todos os detalhes... Participe!
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Olha o link completo:

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Futebol x Espetáculo

Uma partida de futebol é um espetáculo. As equipes são as atrações. O torcedor, público pagante. Os clubes são os agentes fidelizadores. Os torcedores, seus principais clientes. Os estádios, palcos seguros e confortáveis para eventos memoráveis.

No Brasil, esses ingredientes nunca foram realidade. A começar pelas agremiações, geridas com uma falta de visão inacreditável. “Empresas” com um potencial incrível, mas que não sabem lidar com a paixão de seus clientes, transformando isso num negócio realmente rentável e de sucesso. O recente ranking de devedores do futebol nacional atesta a incapacidade de gestão dos dirigentes brasileiros.

Em Pernambuco (assim como em todo o país), mais que cases de insucesso dos clubes, os torcedores podem ser considerados as maiores vítimas da falta de profissionalismo e de visão de dirigentes míopes. Clientes tratados como subprodutos. Cidadãos expostos aos mais absurdos procedimentos. Gente que contribui mensalmente com seus clubes, paga ingresso e, em troca, não desfruta de organização, segurança, conforto ou, ao menos, de benefícios concretos.

Falta profissionalismo – dos clubes, das federações, de todos os agentes envolvidos nesse espetáculo chamado futebol. Mudar esse quadro não é nenhum bicho de sete cabeças. Contudo, para fazê-lo, é preciso vontade. Profissionalizar a gestão. Deixar de lado o arcaísmo da insossa mistura de política com futebol. Fazer o óbvio. Trazer ao contexto futebolista a receita que permeia as grandes empresas de qualquer ramo de negócio.

A fórmula repetida e desgastada do nosso futebol tem provocado o afastamento do público. Os ‘clientes’ estão acordando. Os clubes e federações, não. E se o ritmo permanecer, o futebol, símbolo maior desse país gigante, tornar-se-á arena de batalhas nada espetaculares – se é que já não se tornou...