Eu sou a sede de justiça do mundo. Tu és o dedo acusador da humanidade. Por que se apontar para mim, então?
Está bem. Não sou santo. Nem demônio. Aliás, sou santo e demônio. Assim como tu. Permeando tudo. E todos. A acusação, contudo, não é justa. E se aqui o mal é necessário, ai daquele que o comete.
Saio, então, consciente disso. Não sou vítima. Nem algoz. Aliás, sou vítima e algoz. Assim como tu. Permeando tudo. E todos. A ação consciente, contudo, não é minha. E se agora assim o fazes, colherás.
Torno-me o dedo acusador do mundo. Eu sou a sede. Beba-me...