Escândalos. Sensacionalismo.
Manipulação. Hipocrisia. Eis alguns dos adjetivos mais certeiros para aquilo
que chamamos de mídia. Uma pobreza só...
Um dia, a
atriz que nunca aceitou proposta para posar nua, tem fotos pessoais sem roupa
vazadas na internet (se tirava fotos nua em casa é porque tinha vontade não?). E,
tirando a questão da extorsão e da invasão de privacidade, a popularidade da
moça sobe (sabe-se lá o que realmente aconteceu!).
Noutro dia, uma famosa apresentadora faz entrevista exclusiva para falar da vida íntima. Com uma imagem
de “inocência” incompatível com a idade, fez carinha boba o tempo todo e
revelou ter sofrido abusos sexuais na infância (por que não tocou no assunto do
filme em que aparece nua na cama com um garoto de 12 anos?). E, tirando a
gravidade do fato passado, a popularidade da moça sobe.
Essa semana
um vídeo de uma jornalista baiana se multiplicou na web, a loirinha humilhando
o bandido negro acusado de estupro, protagonizando imagens absurdas ao usar do
sarcasmo seguidas vezes para ilustrar a ignorância de linguagem do rapaz (bandido
também é gente e acusado não é criminoso – até que se prove o contrário). E,
tirando o fato das imagens serem de uma matéria “jornalística”, a popularidade
da emissora cresce (nesse caso, à base da negatividade – mas mídia é mídia!).
Não bastassem esses exemplos, uma revista de grande circulação tem seu nome
envolvido no lodo que permeia a política nacional. O poder como meta, não
importa o preço a se pagar. E, tirando a veracidade da denúncia (nessa hora não
dá pra saber quem é mais sujo e quem quer aparecer mais), a popularidade da
revista sobe (também de forma negativa).
“Fale bem ou
mal, mas fale de mim”: artistas, famosos e veículos de comunicação andam de mãos
dadas para gerar audiência a qualquer preço. Os objetivos de manipular a
opinião pública vão cada vez mais percorrendo caminhos menos nobres e mais
mesquinhos. E, tirando a infeliz aculturação geral da massa, continuamos
aumentando as suas popularidades.
Escândalos. Sensacionalismo.
Manipulação. Hipocrisia. Eis alguns dos adjetivos mais certeiros para aquilo
que chamamos de mídia. Uma pobreza só...