domingo, 30 de outubro de 2011

Sem fronteiras


Voei...
Além da mente...

Aqui chegamos sem pagar nada.
Aqui todos se apossaram de tudo.
Aqui respiramos de graça.
Aqui compartilhamos vidas e graças.
Aqui segmentamos o mundo.

Voei...
Além da mente...

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

É? Não é?



Ilusão é presente. De grego.

Ponteiro de relógio é digital. Dígito é gente. Gente hoje é animal. Pra hoje é pra ontem. Chão agora é disputa. Policial, bandido. Casal é separação. Casa virou prédio. Cama virou zona. Vida virou dor.

Homossexualismo é moda. Lixo hospitalar é roupa. Caixa eletrônico é dinamite. Flanelinha é dono de rua. Honestidade, artigo de luxo. Sexo é coisa de “criança”. Bala não é mais doce. Droga não é mais remédio. Tudo aqui é ilusão.

Ilusão é presente. De grego.


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E NÃO ESQUEÇA: SÁB | 22/10 | 19h
Sidney Nicéas e convidados na Saraiva do Shopping Recife!



domingo, 16 de outubro de 2011

Miséria



Encanto. Essa foi a palavra que melhor resumiu o primeiro encontro de Cibele e Jair, na bela Aracaju. E o alagoano não mediu esforços para se fazer muito mais do que era para a carente sergipana.

Poucos dias se passaram. Primeiro, os beijos. Depois os amassos. A cama acabou sendo destino inevitável – e porque não dizer, inconsequente: a gravidez foi uma notícia nada agradável para ela, que aos 32 anos tornar-se-ia mãe de única cria, vivente num aperto daqueles. Para ele a aventura ia continuar, passando a ser talvez a maior nos seus 18 anos de vida, ainda que o dinheiro também lhe fosse curto.

Não tardou para que as brigas começassem. Primeiro sintoma de desequilíbrio, elas refletiam a contraditória união de necessidade e imaturidade, combinação nada feliz naquele contexto amoroso. O fogo da paixão que os arrebatara fora cedendo com o tempo, ante as diferenças outrora ignoradas. A relação, assim, foi-se amiudando e se espremendo entre aqueles corações desgovernados.

De crise em crise, o pequeno Lucas nasceu já sem pai. Jair nunca mais deu as caras. Sem emprego, dinheiro nem apoio, Cibele passou a pedir nas ruas, levando consigo seu bebê. Sentiram fome. Dor. Abandono. E o passar do tempo a fez sucumbir...


Quem vai julgar uma mãe que dá o próprio filho? Quem vai acusar uma mulher que tira a própria vida? Quem, em seu lugar, não se entregaria à miséria? Quem???