segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Duas por Minuto

Isso mesmo: a cada minuto, pelo menos duas mulheres e/ou crianças são vendidas para fins de escravidão sexual. A maioria pobre, levada para a Europa, seduzida pela ilusão de uma vida melhor ou, no caso das crianças, sequestradas ou aliciadas.

Casos não faltam. Como a da Russa Oxana, 20 anos, seduzida por uma oferta de emprego na Europa e que se suicidou após 3 semanas, quando já não aguentava mais ser escravizada sexualmente por aqueles que a enganaram. Ou da pequena Amita, que viveu o terror dos 09 aos 14 anos de idade, vivente numa jaula para ser sodomizada diariamente por dezenas de homens – Amita morreu aos 14 anos após ser agredida violentamente.

Duas por minuto. Escravidão. Subjugo. Covardia. Brutalidade. Enquanto uma minoria “exercita” o lado mais sombrio do ser humano, a maioria permanece inerte.

Duas por minuto. É preciso agir...

--

Para ajuda on-line e maiores informações:

https://secure.avaaz.org/po/fight_rape_trade/?cl=524965312&v=5744

https://secure.avaaz.org/po/russia_rape_trade_putin/?r=act

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Da Frase, a Reflexão - Parte 1

“O sábio olha todo mundo como seu mestre. O ignorante considera todo mundo como seu inimigo”. (Atreya)

O mundo dos ignorantes. Eis onde vivemos. Os poucos sábios que por aqui passaram sempre deixaram a mesma mensagem. E, absortos em nossa ignorância, seguimos. Mas, pra onde realmente estamos indo? Vale a reflexão...

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Morte, Intolerância e Pequenez

A cada dia, os ponteiros do relógio parecem acelerar, trazendo a impressão de que estamos chegando realmente ao fim. Teoria apocalíptica? Não...

O mundo ferve num caldeirão de intolerância. De um lado, a água invade o território paquistanês, deixando milhares de mortos e milhões de desabrigados e desalojados, enquanto a ONU patina para conseguir dinheiro das nações mais abastadas. Doutro, os ciganos sofrem sem o direito de ir e vir na Europa, especialmente na França, começando a ser ‘repatriados’. Na Alemanha os javalis, alvos da caça humana, estão contaminados pela radioatividade, o que anda ‘prejudicando’ os caçadores e industriais da carne.

Na Espanha, um touro foi abatido logo após enfrentar uma multidão e ferir dezenas de pessoas que se ‘divertiam’ numa tourada. E nos Estados Unidos, uma funcionária de um restaurante na Disney foi ameaçada de demissão apenas por ter usado o hijab (véu islâmico) no dia do Ramadão.

Paquistaneses são seres humanos e merecem nossa ajuda e atenção - ainda que o país seja instável pelas questões atômicas. Ciganos são seres humanos e têm direito a liberdade - ainda que vivam de modo próprio. Javalis e touros são seres vivos e precisam da nossa fraternidade - ainda que muitos os vejam como meras peças descartáveis de diversão e consumo. E Muçulmanos são, antes de tudo, humanos, independentemente de suas culturas e tradições.

Aqui se chega. Aqui se vive. Aqui se vai. O ser humano ainda não entendeu que tudo nesse planeta é passageiro e “emprestado” a cada um de nós. E a Terra, que deveria ser um habitat de paz sem fronteiras, vai girando cada vez mais veloz, como que numa avidez por se livrar dessa amiudada raça humana.

A cada dia, os ponteiros do relógio parecem acelerar, trazendo a impressão de que estamos chegando realmente ao fim. Teoria apocalíptica? Não...

#

Em tempo: faça uma doação para as vítimas paquistanesas através da Avaaz. Clique abaixo para doar...

https://secure.avaaz.org/po/pakistan_relief_fund/?cl=712633811&v=6984

domingo, 15 de agosto de 2010

Fracasso!

O que resulta do medo? Do equívoco consciente (ou não)? Da teimosia que inibe a ousadia de tentar outra vez? Às vezes, da própria incapacidade de mudar?

O fracasso. Este que denota derrota e que camufla a força interior - sempre vitoriosa. Este que, na verdade, nem existe. Que é apenas um estágio momentâneo e necessário para mostrar que o caminho percorrido era inadequado ou que foi feito de forma equivocada.

A sensação de derrota, contudo, se esvai quando o indivíduo faz valer uma lei universal infalível: a renovação. Negar-se a chance do recomeço, seja em que esfera for, é a afirmação ilusória do fracasso.

Perpetuar isso é negar todas as possibilidades de vitória e sucesso, mesmo quando já se tentou tantas vezes. É valorizar mais os erros que os acertos. É, enfim, não se permitir novos horizontes - mesmo em terrenos já percorridos.

Coragem! Vamos em frente!

“A gente não é super herói nem super fracassado. A gente acerta, erra, tem dias de alegria e dias de tristeza. Não há nada de errado nisso”. (Roberto Shinyashiki)


- # -


OBS.: você deve estar se perguntando do porque da imagem que ilustra este post. A foto revela o quanto somos miúdos nesse vasto universo. Por isso mesmo, fica o recado: não desperdicemos o nosso breve tempo neste plano desistindo do êxito. Persistir é preciso...

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Meu Breve Tempo Infinito

Vivo como o tempo.

Vivencio o hoje

Tal como o ontem,

Tal como o amanhã.


Vivi esse mesmo hoje

Como jamais antes vivi,

Como jamais viverei...

Apenas vivi.


Viverei meus ‘hoje’

Como sempre quis,

No andar, morrer, crescer,

No tentar ser feliz.


Como o tempo

Viajo mudando os passos

Sem, no entanto, mudar o rumo,

Somente a andar,

Somente a viver.


Sei quem sou,

Quem fui e quem serei;

Passado no presente,

Presente no futuro,

Um tempo que somente eu sei.


E com meu breve tempo infinito

Partirei sem ausência,

Ficarei na essência,

Somente como o tempo eu serei:

Passado, presente, futuro...

terça-feira, 3 de agosto de 2010

A Corrida e o Paradoxo de Viver

A verdade não existe. Tudo no universo é uma questão de ponto de vista. A vida e todas as suas fases, a morte, o mistério de apenas ser... Há de se explicar o paradoxo de estar vivo, mas nada atenua minha ânsia por explicações.

Eu sou um mistério. Vagam em mim todas as respostas, mas permaneço tentando encontrá-las. Cada etapa percorrida traz-me à tona em todas as minhas ambiguidades. Minhas verdades não são verazes, apenas me impulsionam a específicos pontos de vista, estreitos olhares baseados no meu ínfimo conhecimento do que é real. E embora procure sempre sorrir com pormenores, vivo focado em mim mesmo sob esse mistério chamado realidade.

A história continua. Vejo-me rodeado por questões ambíguas e não hesito em me deixar levar pelas minhas próprias divagações. Como um piloto de corridas desafio-me a todo instante, sem esquecer de como tudo começou. Regrido e vejo as engrenagens funcionando. A máquina está pronta. Na partida, adentro com entusiasmo e ponho-me a correr. Tornamo-nos – eu e a máquina –, apenas um. E, uma vez fundido, não encontro maneiras de voltar.

A quilometragem vai se multiplicando, projetando-me em situações diversas. Cada etapa percorrida parece-me fácil, ainda que tenha encontrado inúmeros obstáculos pelo caminho. Envolvo-me em acidentes. Chego a me perder em algumas etapas por descuidos inocentes. Bato de frente comigo mesmo e com outrem. Acumulo hematomas, cicatrizes e, principalmente, aprendizado... Mas a corrida não acabou.

Segui e ainda sigo, eu e minha máquina, persistentes, virando 365 curvas para cumprir cada etapa. Cada curva, assim, é um desafio contumaz para a conquista final. E quem serão os vencedores? Os que chegarem à frente ou os que conseguirem apenas chegar? A corrida continua...

Assim é o tempo: para uns, remédio; para outros, impiedoso destruidor de sonhos; para muitos, simples armadilha necessária para o viver. Eu sou tu. Tu e eu também somos nós. Eis aí o nosso mistério mais próximo e ao mesmo tempo mais inatingível: nascer, crescer, envelhecer, morrer... O que é a vida afinal, além desse intrigante paradoxo?