quinta-feira, 25 de março de 2010

Comoção Nacional?

"Não se deve tachar a televisão de anticultura: cada povo tem o programa que merece".

(Júlio Camargo)



Tantas novelas de níveis questionáveis. Reality Shows deprimentes (será isso um pleonasmo?). Programas de entretenimento de péssimo gosto. Notícias produzidas com intenções duvidosas. E uma participação cada vez maior na vida dos brasileiros, induzindo “tendências” e manipulando o gosto da massa. Eis a Televisão brasileira.

A volta do Caso Nardoni que o diga. Novamente, foco de boa parte da audiência televisiva. Tanto que, dia desses, uma matéria na TV tentava encontrar os porquês de tanta gente se comover em casos como esse... Quanta petulância! Lógico que tudo não passa de produto dessa indução televisiva.

Independentemente da crueldade que permeia o caso, será que teríamos essa “comoção nacional” em crimes que acontecem frequentemente contra crianças aqui em Pernambuco, por exemplo? Será que se a TV não fizesse tanto alarde nesse caso Nardoni, teríamos toda essa repercussão?

É a tal anticultura sugerida por Júlio Camargo, que se encaixa muito bem aqui. O tribunal onde acontece o julgamento do pai e da madrasta de Isabela Nardoni anda lotado de anônimos - todos estes que compõem “o programa que merecem”.

Comoção nacional... Hum! É brincadeira...