quinta-feira, 17 de junho de 2010

5 de Copas

O dia é 17. O mês, junho. O ano é 2010. Cinco, contudo, são as reflexões...

A primeira é futebolística. A Copa do Mundo está aí trazendo inúmeros paradoxos. Do luxo dos estádios à pobreza do povo africano. Da festa multicolorida dos endinheirados à fome que assola boa parte do continente africano. Do patriotismo quadrianual do brasileiro ao sentimento de que a política do pão e circo nunca saiu de moda...

A segunda vem dos céus. As fortes chuvas que assolam a capital pernambucana chegam trazendo um pouco de frio a essa terra calorenta. Vem do alto provocando estragos cá embaixo. E revela que a infraestrutura do Recife continua a passos lentos, especialmente quando comparada com o acelerado ritmo do seu crescimento urbano.

Com o cair das chuvas vem a terceira reflexão: a proliferação da Dengue. Recife já teve, em maio, a primeira morte provocada pela doença. O que está faltando? Empenho das autoridades? Ou dedicação da própria população?

A quarta invade a greve dos professores da rede recifense de ensino. A educação, área tão esquecida pelas nossas políticas públicas, permanece sendo alvo de protestos. Dessa vez, ao menos, os alunos não estão sendo prejudicados. Fico somente a me questionar até quando o desequilíbrio nessa área persistirá...

A quinta e última reflexão: os festejos juninos. Estes que também trazem inúmeros paradoxos. Do sentido religioso à festa predominantemente pagã. Da tradição ultrapassada dos fogos e fogueiras às delícias da culinária a base de milho. Do predomínio sazonal do forró (do original e do falsificado) às grandes festas com atrações que nada têm a ver com a nossa cultura.

Pois é. O dia é 17. O mês, junho. O ano é 2010. Cinco, contudo, são as reflexões...