sábado, 24 de novembro de 2012

Estou Morrendo!


O diagnóstico é preciso: estou morrendo. Tenho alguns dias de vida. Imprecisos, mas o certo é que não estarei por tanto tempo assim nesse mundo.

O relógio apressa o passo. Cada vez mais os ponteiros parecem querer tão somente me contrariar. Contudo, ao invés de lamentar o tempo que me faltará, tentarei enaltecer os dias que me restam. São eles que devem nortear meu prumo. São eles que me fazem ser – ao menos aqui nesse plano.

Recebi esse diagnóstico há 37 anos. Quando cá cheguei. O mundo me tratou com festa, ignorando que o meu chegar tinha prazo de validade. Impuseram-me a pecha de pobre mortal e pecador. Cresci. E descobri que nada disso é verdade – exceto pelo infalível tempo de estada. Hoje, espero a minha sentença: a morte!

Eis a nossa sentença. Perdemo-nos nas nossas próprias hipocrisias. Tropeçamos nas nossas autolimitações. Tememos a morte. Preocupamo-nos tanto com ela que esquecemos como devemos realmente viver.

O mais engraçado nisso tudo é que essa tal morte faz parte da vida. Estou vivo. E após partir estarei... Vivo! Não sou pecador. Nem um pobre mortal. Apenas sou. “Vivo” ou “morto”, apenas sou. E estou mesmo morrendo... Graças a Deus!

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Sábado, 01/12, 18h, performance e Noite de Autógrafos de "A Grande Ilusão" na Saraiva do Riomar Shopping!

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Rio




Rio...
Águas que me fazem
Expor os dentes.
Rio dos córregos
Que me margeiam.
Rio do riso cristalino.
Rio do rio
Que em mim percorre.
Rio de mim,
Rio de ti,
Rio de nós...


(poesia minha que abre o meu novo romance, "A Grande Ilusão")
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