domingo, 22 de dezembro de 2013

O Que Danado é o Natal, Afinal?

(se você é criança, não leia!)




Não. Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro. Papai Noel não existe. Dar presente(s) e/ou desejar Feliz Natal não é sinônimo infalível de amizade e fraternidade. Não.

Buscar um significado real para os festejos natalinos não é algo lá tão convincente. O simbolismo da data é quase utópico. O sentido religioso quase inexiste. As invencionices comerciais predominam. A hipocrisia impera – ao menos, as reuniões familiares se multiplicam e há um esforço momentâneo por paz. Mas... É só isso?

Em tempos marcados pela completa ausência de senso coletivo na maioria das pessoas; por “reis de baladas” esbanjando fortunas com futilidades enquanto milhões padecem de fome; pela total falta de ética de quem deveria dar exemplo (estou falando especialmente da classe política no mundo inteiro); pelos abusos de poder de autoridades e pessoas comuns dentro de seus próprios ‘lares’; por relações virtuais que muitas vezes separam mais do que unem; enfim, pelo preconceito que, ao que parece, se encruou em nosso meio social... É nesse tempo em que comemoramos mais um Natal, em nome de um cara que foi o suprassumo da dicotomia ‘homem-Deus’.

Fiquemos, então, com o simbólico. Fiquemos com as boas intenções (ainda que muitas delas, repito, marcadas pela hipocrisia). Fiquemos com a alegria transitória do presente. Fiquemos com a ‘pseudomagia’ do bom velhinho, que só “presenteia” quem tem dinheiro (diferente da história de São Nicolau - quem conhece?). Fiquemos, também, com o (ignorado) sentido Crístico da ocasião. Fiquemos, ainda, com a certeza de que nós podemos ser muito melhores do que somos. E que, assim, os futuros natais possam ter significados mais genuínos.