
471 anos. E eu aqui, todo orgulhoso. Tenho costume de dizer e reafirmo: sou mais recifense que pernambucano (só um pouquinho mais), mais pernambucano que nordestino (sim), mais nordestino que brasileiro (muito mais). Não se trata de bairrismo. É algo que não sei explicar. Um orgulho danado de ser parte de um povo guerreiro, que sempre lutou pelos seus próprios direitos, que fez da sua luta um impulso para o verdadeiro sentimento patriótico (eita palavrinha chata!), que sempre foi vanguarda na sua rica cultura, que vive os próprios sonhos - ainda que não detenha a mídia nacional, nem o poder econômico de outros centros.
O aniversário do Recife traz à tona a sua importância para o Brasil, esse país tão desigual e discriminador, essa nação ‘desmembrada’ em unidade e que tanto menospreza o que tem de melhor. Sem querer ser excludente, acho que o Recife não precisa do glamour que outras metrópoles nacionais têm – muitas vezes sem nada demais para oferecer. Que o digam seus artesãos, seus produtores culturais, seus poetas, atores, artistas em geral; gente que produz, mesmo que a sua obra não ganhe a merecida repercussão; gente que acredita que viver é materializar os próprios sonhos; gente que, ao invés de parecer ‘fashion’, prefere apenas ser gente.
Talvez minhas palavras já estejam descambando mesmo para um bairrismo pueril. Fato é que, vivendo numa nação dominada pela mídia e pela má política, prefiro mesmo estar aqui – ainda que no Recife, evidentemente, muitas mazelas morais e sociais persistam. Sou recifense, sim, com muito orgulho. E nesta data sinto-me, também, homenageado.
O aniversário do Recife traz à tona a sua importância para o Brasil, esse país tão desigual e discriminador, essa nação ‘desmembrada’ em unidade e que tanto menospreza o que tem de melhor. Sem querer ser excludente, acho que o Recife não precisa do glamour que outras metrópoles nacionais têm – muitas vezes sem nada demais para oferecer. Que o digam seus artesãos, seus produtores culturais, seus poetas, atores, artistas em geral; gente que produz, mesmo que a sua obra não ganhe a merecida repercussão; gente que acredita que viver é materializar os próprios sonhos; gente que, ao invés de parecer ‘fashion’, prefere apenas ser gente.
Talvez minhas palavras já estejam descambando mesmo para um bairrismo pueril. Fato é que, vivendo numa nação dominada pela mídia e pela má política, prefiro mesmo estar aqui – ainda que no Recife, evidentemente, muitas mazelas morais e sociais persistam. Sou recifense, sim, com muito orgulho. E nesta data sinto-me, também, homenageado.
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E o que dizer de ti, Olinda! Castigada pelo desprezo de alguns, amada pelo que é pela maioria do seu povo. Olinda do Carnaval. Olinda prima do Recife. Olinda, sim, linda, minha prima também. A ti também deixo minha homenagem...
Oiii :)
ResponderExcluirEstou sempre por aqui dando uma olhadinha...lindo trabalho, viu?
Bjo
Beleza, Vanessinha! Valeu a força e continue por aqui... Você é sempre bem vinda...
ResponderExcluirSidney Nicéas
Enquanto o dia se esconde por trás do rio do Recife,
ResponderExcluirEu vejo um velho e um trago.
Parte do rio que inunda os olhos daquele velho,
Parte do rio a saudade.
Cabe ao destino encontrar do desvio,
nas águas turvas dos olhos morrentes
e nas encostas sujeiras nascentes
a inteireza dessa cidade
Ele tem medo e não dorme pra não morrer
Tal como o rio que não cessa pra não secar.
Leito que esborra e que sobra de tanto amar
Tempo que encanta nos trechos de Melo Neto
Se o rio é velho demais pra te chorar
Se o tempo é quente demais pra te abrigar
Faz da história uma corrente plena e suave
No maltratar das folhas, no gorjear das aves.
Água sem vida, gente sem lida
No vai e vai dos sonhos,
Capibaribe.
"Tarde ao Capibaribe"
Kleber Niceas
ps. tambem to sempre dando uma olhadinha.
Quanta poesia... Beleza, Klebão!
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