Aos 33 anos, vejo que a magia acabou. E não se trata da constatação de um adulto ante a infância finda, mas, como o título revela, da decadência moral que virou o jogo no mundo do futebol.
Ainda peguei a fase final de um tempo em que se jogava por amor – ao clube, a si próprio, a nação da bola... Mas não ao dinheiro. O tempo em que torcer era algo prazeroso – paixão saudável, familiar, alegria e tristeza como parte do espetáculo. Uma época em que o futebol e a sua magia formavam um casal em tanto. Aonde tudo isso foi parar?
Não bastasse o aumento escancarado das sabotagens, dos roubos explícitos de resultados e cifras, do superdimensionamento dos salários dos atletas, do surgimento das estrelas que brilham mais do que valem, dentre tantos outros deméritos, o futebol agora é sinônimo de violência, insanidade, assassinato.
Torcedores adversários agora são inimigos. Ir ao estádio representa perigo de morte. Usar a camisa do seu clube de coração pode ser um risco fatal. Até um grito de gol, momento mais sublime de uma peleja, pode resultar em crime. Eis o futebol sem magia, semeado nos quatro cantos do Brasil - e do mundo.
E enquanto o planeta bola explode, os cartolas enriquecem. Empresários do ramo multiplicam seus dividendos. Autoridades pouco fazem para coibir tais abusos. Torcedores são tratados como subproduto. E a magia segue em extinção, deixando quase nenhuma sensação de esperança àqueles que, como eu, um dia conheceram o verdadeiro sabor desse esporte.
‘Até que a morte os separe’: o casamento entre futebol e magia está findando com a ironia desse sacramento. O bom senso se foi. A morte nos estádios está sepultando essa magia que um dia existiu. A separação, assim, é inevitável. E lá se vai o ‘felizes para sempre’...
Ainda peguei a fase final de um tempo em que se jogava por amor – ao clube, a si próprio, a nação da bola... Mas não ao dinheiro. O tempo em que torcer era algo prazeroso – paixão saudável, familiar, alegria e tristeza como parte do espetáculo. Uma época em que o futebol e a sua magia formavam um casal em tanto. Aonde tudo isso foi parar?
Não bastasse o aumento escancarado das sabotagens, dos roubos explícitos de resultados e cifras, do superdimensionamento dos salários dos atletas, do surgimento das estrelas que brilham mais do que valem, dentre tantos outros deméritos, o futebol agora é sinônimo de violência, insanidade, assassinato.
Torcedores adversários agora são inimigos. Ir ao estádio representa perigo de morte. Usar a camisa do seu clube de coração pode ser um risco fatal. Até um grito de gol, momento mais sublime de uma peleja, pode resultar em crime. Eis o futebol sem magia, semeado nos quatro cantos do Brasil - e do mundo.
E enquanto o planeta bola explode, os cartolas enriquecem. Empresários do ramo multiplicam seus dividendos. Autoridades pouco fazem para coibir tais abusos. Torcedores são tratados como subproduto. E a magia segue em extinção, deixando quase nenhuma sensação de esperança àqueles que, como eu, um dia conheceram o verdadeiro sabor desse esporte.
‘Até que a morte os separe’: o casamento entre futebol e magia está findando com a ironia desse sacramento. O bom senso se foi. A morte nos estádios está sepultando essa magia que um dia existiu. A separação, assim, é inevitável. E lá se vai o ‘felizes para sempre’...
Sydnei certíssimo seu artigo. Tenho muito respeito e amor pela cultura popular genuína. Mas hoje com o amadurecimento afirmo sem dó nem piedade: futebol jamais em época alguma foi cultura. É apenas um produto de subcultura ínfima. Grande abraço, seu velho amigo Bruno Tavares.
ResponderExcluirÉ isso aí, Brunão! Um dia, ao menos, havia alguns bem intencionados. Mas... Bola pra frente! Grande abraço!
ResponderExcluirÉ verdade tenho 2 filhos e o mais velho de 13 anos quer que eu leve eleno estadio para ver um jogo. Toda essa violencia me da medo. Os caras ganham furtunas para jogar bola enquanto a torcida se mata por uma bobagem . tenha uma otima semana . Dado
ResponderExcluirOlá Sidney.
ResponderExcluirLi que vc, eu pai e seu filho vao ao show do Iron. Estou produzindo um especial que vai ao ar na Globo. Queria saber seus contatos.
Joao Carvalho
joaocarvalho@tvglobo.com.br
Pois é, Dado. Infelizmente, essa é a realidade...
ResponderExcluirAbraço e valeu a participação!