domingo, 3 de maio de 2009

Fique São


Ruas desertas em pleno expediente semanal. Pessoas mascaradas (aonde ainda há aglomeração humana). Autoridades decretando estado de emergência. Nações tementes, à beira de uma pandemia. Não... Isso não é mais uma história de ficção.

O futuro chegou! O futuro... Caos tão apregoado no passado como algo distante, quase impossível de acontecer. O presente, talvez, sem futuro. O presente da comunicação sem fronteiras, do Blue-Ray, do sexo virtual, dos casamentos apartados, do permanente monitoramento do cidadão, das epidemias...

A gripe suína é mais um fato outrora anunciado, fruto de um sistema onde o capital fala mais alto que a saúde e o bem-estar da população. Onde as doenças surgem oriundas de culturas agressivas ao meio ambiente e se espalham com voracidade. Que colocam o nosso sistema em cheque e que, mesmo assim, são colocadas como algo que simplesmente ‘aconteceu’. Onde estão os responsáveis por algo tão perigoso?

Foram tantos os prenúncios: bebês voando pela janela, como que nos indagando: “o que estamos fazendo com o nosso próprio futuro?”; Tsunamis invadindo cidades, como que avisando: “cuidado com o que estão fazendo com o planeta”; aí chega a gripe suína, insinuando: “onde vocês estão querendo chegar?”.

Essa é a questão. E nesse presente que futuro um dia foi – o momento da conquista do espaço, dos relacionamentos virtuais e da violência incontrolada –, vemo-nos diminutos, insensíveis, incapazes. Será a Era que já era? Quem tem a resposta?

Não duvideis: o futuro chegou, trazendo consigo a incerteza do amanhã. E nessa Era de ficção, fique são... Se puder...

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