Em épocas diferentes, mas ainda tocantes, dois símbolos promoveram revoluções. Um no Ocidente. Outro, no Oriente. Um pegando em armas. Outro pregando a não-violência. O que mudou no mundo desde então?
O argentino Ernesto Rafael Guevara, o Che (1928-1967), tocou-se com a miséria na América Latina. Médico, mente privilegiada, aliou-se a outros ‘companheiros’ e iniciou uma das mais marcantes revoluções do nosso tempo: o movimento 26 de julho, que acabou por tomar o poder em Cuba. Ajudou a formar uma milícia que, pouco depois, tornar-se-ia um exército e iniciaria o governo comunista mais ousado da história.
Mais que armas, Che pregava a independência contra o ‘imperialismo’ das grandes nações – em especial dos Estados Unidos. Ensinou diversas pessoas a ler e escrever. Atendeu ao povo pobre de Cuba usando seus dotes de médico. Mostrou que, às vezes, é preciso sair da inércia e enfrentar as dificuldades. E não hesitou em usar da violência para tal fim. Assassinado em 1967, na Bolívia, viu sua utopia igualmente sepultada: a de espalhar a revolução por toda a América e promover, aos seus olhos, a justiça social.
Décadas antes, nascia em 1869, na Índia, Mohandas Karamchand Gandhi, o 'Mahatma'. Cresceu atento às leis injustas de sua terra e, não por menos, formou-se em Direito, em Londres. Atuou na África do Sul e na própria Índia, iniciando um movimento pacifista em prol dos direitos dos Hindus e da independência do seu país. Diferentemente de Che, Gandhi enxergava na não-violência a solução para promover mudanças. Abdicou de todos os seus bens materiais e mergulhou nas crenças religiosas e na força do seu conhecimento das leis.
Iniciou, assim, a maior revolução pacífica da humanidade. Enfrentou os poderosos ingleses e as divergências do seu povo. Ao invés de infligir sofrimento, assumiu-os: fez várias greves de fome, que sensibilizaram o povo e amenizaram os inevitáveis confrontos que teimavam em acontecer. Assassinado em 1948, viu sua utopia igualmente sepultada: a de ver a justiça social em evidência e a violência banida do coração dos homens.
Os olhos justiceiros de Che contrastam com a força iluminada de Gandhi. E ambos são exemplos de uma luta pelo bem comum – um, equivocado pelo uso da força bruta; outro, um tanto esquecido justamente por mostrar que a verdadeira força para a mudança é o amor.
E eis que os anos passaram. Com armas ou não, o mundo permanece avesso à justiça de Che – então reduzido a um ícone revolucionário – e à paz de Gandhi – figura divina então reduzida ao símbolo de um mundo utópico. Até quando?
O argentino Ernesto Rafael Guevara, o Che (1928-1967), tocou-se com a miséria na América Latina. Médico, mente privilegiada, aliou-se a outros ‘companheiros’ e iniciou uma das mais marcantes revoluções do nosso tempo: o movimento 26 de julho, que acabou por tomar o poder em Cuba. Ajudou a formar uma milícia que, pouco depois, tornar-se-ia um exército e iniciaria o governo comunista mais ousado da história.
Mais que armas, Che pregava a independência contra o ‘imperialismo’ das grandes nações – em especial dos Estados Unidos. Ensinou diversas pessoas a ler e escrever. Atendeu ao povo pobre de Cuba usando seus dotes de médico. Mostrou que, às vezes, é preciso sair da inércia e enfrentar as dificuldades. E não hesitou em usar da violência para tal fim. Assassinado em 1967, na Bolívia, viu sua utopia igualmente sepultada: a de espalhar a revolução por toda a América e promover, aos seus olhos, a justiça social.
Décadas antes, nascia em 1869, na Índia, Mohandas Karamchand Gandhi, o 'Mahatma'. Cresceu atento às leis injustas de sua terra e, não por menos, formou-se em Direito, em Londres. Atuou na África do Sul e na própria Índia, iniciando um movimento pacifista em prol dos direitos dos Hindus e da independência do seu país. Diferentemente de Che, Gandhi enxergava na não-violência a solução para promover mudanças. Abdicou de todos os seus bens materiais e mergulhou nas crenças religiosas e na força do seu conhecimento das leis.
Iniciou, assim, a maior revolução pacífica da humanidade. Enfrentou os poderosos ingleses e as divergências do seu povo. Ao invés de infligir sofrimento, assumiu-os: fez várias greves de fome, que sensibilizaram o povo e amenizaram os inevitáveis confrontos que teimavam em acontecer. Assassinado em 1948, viu sua utopia igualmente sepultada: a de ver a justiça social em evidência e a violência banida do coração dos homens.
Os olhos justiceiros de Che contrastam com a força iluminada de Gandhi. E ambos são exemplos de uma luta pelo bem comum – um, equivocado pelo uso da força bruta; outro, um tanto esquecido justamente por mostrar que a verdadeira força para a mudança é o amor.
E eis que os anos passaram. Com armas ou não, o mundo permanece avesso à justiça de Che – então reduzido a um ícone revolucionário – e à paz de Gandhi – figura divina então reduzida ao símbolo de um mundo utópico. Até quando?
Adorei o texto!! Muito bom...
ResponderExcluirBeijo
Valeu, Vanessinha!
ResponderExcluirVc é extraordinario, Sidney! Abraços!
ResponderExcluirExtraordinários são vocês, que me fazem seguir em frente... Valeu, Elton!
ResponderExcluirMuito bom o texto!
ResponderExcluirParabéns pelo blog!
=)
Beleza, Amélia!
ResponderExcluir