Não se trata de momento. Não é a atual situação precária de Sport e Náutico no Campeonato Brasileiro, nem do Santa Cruz no cenário nacional. Muito menos qualquer fato adverso dentro das quatro linhas. A questão está nas arquibancadas.
Ontem (domingo 18), na Ilha do Retiro, ocasião do confronto entre Sport e Corinthians, uma faixa estendida nas arquibancadas me levou a uma lastimável constatação: o futebol pernambucano está acabando – não o esporte praticado no Estado, mas o prestígio dos nossos clubes ante seus conterrâneos.
A faixa: “Recifiel”. Segurada por mãos pernambucanas, alusiva ao clube paulista. Uma prova inconteste de que algo não anda bem na organização da modalidade em Pernambuco. Estamos sendo ‘sugados’ pela ‘força’ da mídia do Sul-Sudeste. Perdendo terreno para as parabólicas (especialmente no interior) e nos submetendo aos merchandisings insistentes da mídia ‘nacional’ em toda programação (especialmente a televisiva, que também se diz ‘nacional’). Agora, até o Recife, outrora imune a essa interferência, está cedendo.
Quando olhei para aqueles pobres torcedores ‘infiéis’ que integravam a torcida adversária, mirei os milhares de rubro-negros que ocupavam a maioria dos espaços na Ilha – esses, sim, fiéis. Lembrei dos alvirrubros que permanecem firmes apoiando seu clube. Também, dos tricolores que não deixam a peteca cair, mesmo diante de tantos revezes. E senti um leve vento da esperança bater em minha face: é possível retomar a força da nossa torcida?
Ontem (domingo 18), na Ilha do Retiro, ocasião do confronto entre Sport e Corinthians, uma faixa estendida nas arquibancadas me levou a uma lastimável constatação: o futebol pernambucano está acabando – não o esporte praticado no Estado, mas o prestígio dos nossos clubes ante seus conterrâneos.
A faixa: “Recifiel”. Segurada por mãos pernambucanas, alusiva ao clube paulista. Uma prova inconteste de que algo não anda bem na organização da modalidade em Pernambuco. Estamos sendo ‘sugados’ pela ‘força’ da mídia do Sul-Sudeste. Perdendo terreno para as parabólicas (especialmente no interior) e nos submetendo aos merchandisings insistentes da mídia ‘nacional’ em toda programação (especialmente a televisiva, que também se diz ‘nacional’). Agora, até o Recife, outrora imune a essa interferência, está cedendo.
Quando olhei para aqueles pobres torcedores ‘infiéis’ que integravam a torcida adversária, mirei os milhares de rubro-negros que ocupavam a maioria dos espaços na Ilha – esses, sim, fiéis. Lembrei dos alvirrubros que permanecem firmes apoiando seu clube. Também, dos tricolores que não deixam a peteca cair, mesmo diante de tantos revezes. E senti um leve vento da esperança bater em minha face: é possível retomar a força da nossa torcida?
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É. Todavia, enquanto os clubes, a Federação Pernambucana e a imprensa não se unirem efetivamente em torno do fortalecimento do futebol no Estado, a situação somente piorará. Ao invés dos gritos de “paraibacas”, antes constantes em nossos estádios como provocação àqueles irmãos nordestinos sem raiz com a própria terra, ouviremos os gritos de “pernambabacas”, revelando de vez a nossa subserviência cultural. Aí, sim, lamentavelmente, terá sido o fim do futebol pernambucano.
É. Todavia, enquanto os clubes, a Federação Pernambucana e a imprensa não se unirem efetivamente em torno do fortalecimento do futebol no Estado, a situação somente piorará. Ao invés dos gritos de “paraibacas”, antes constantes em nossos estádios como provocação àqueles irmãos nordestinos sem raiz com a própria terra, ouviremos os gritos de “pernambabacas”, revelando de vez a nossa subserviência cultural. Aí, sim, lamentavelmente, terá sido o fim do futebol pernambucano.
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Sidney, assino em baixo as suas palavras. O emso acontece com a nossa música nordestina, que perde espaço para as duplas sertanejas, que nada tem em comum com a nossa cultura.
ResponderExcluirChegam tambem através das parabólicas, e por conta disso, não se ouve mais os cantores e compositores da autêntica cultura da região.
Paulo Carvalho
Isso mesmo, Paulo. A propósito, em breve estarei publicando um texto sobre a questão musical, conforme havíamos conversado há um tempo atrás... Grande abraço!
ResponderExcluirPerfeito Sídney!
ResponderExcluirJá falei isso no pograma.
Abraços,
Júnior Vinana
Massa, Júnior. Estarei no programa logo mais... Abs!
ResponderExcluirOlá Sidney, não conheço vc porém vi seu comentario no Blog do Torcedor e resolvi procurar pelo seu blog.
ResponderExcluirAssino embaixo tudo o que vc escreveu e lhe parabenizo pela postura em defender nossa cores e tradições.
Estou junto nessa luta no orgulho de sermos pernambucanos.
Abraço!
Maxwell Araujo
Beleza, Maxwell. Estamos juntos mesmo! Abraço e valeu pela participação!
ResponderExcluirBora Sidney...
ResponderExcluirTem uma distração lúdica de blogueiros circulando:
"Para quem você dá cartão vermelho?":
http://conscienciaefervescente.blogspot.com/2009/10/para-quem-dar-cartao-vermelho.html
Participe se quiser, blz?
Abs
E , agora , com a péssima campanha dos clubes pernambucanos no Campeonato Brasileiro ? Por que não formar equipes com jogadores que se destacam nas equipes de base e ter paciência para esperar 2 ou 3 anos para começar a colher bons frutos? Será que os dirigentes não aprendem , mais uma vez , a lição? Abraço.Itamar
ResponderExcluiracho engraçado alguem dizer não torça pro time do sul por que sao xenofobicos contra vcs apelando pra xenofobia é pior um nordestino fazendo xenofobia com outro do que um alienigena mas colonizados realmente dao nojo
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