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Nascimento e morte são as únicas certezas da vida. Pessoas chegam, pessoas vão. Chegadas e partidas controladas pelas mãos invisíveis do infinito. E esse ir e vir realça a efemeridade da vida humana nesse planeta chamado Terra.
A certeza na imortalidade da alma é contraponto ante ao estado ilusório da matéria. A vida terrena é, sim, uma ilusão. Estamos de passagem. Aqui chegamos e, daqui, voltamos pra casa, para a verdadeira vida. A ilusão da matéria causa cegueira, travestindo a real percepção de que somos espírito, alma – e não um frágil e destrutível corpo de carne.
Enquanto vivos, somos ludibriados pelos sentidos. As sensações são o estado supremo da ilusão. Prazer e dor envolvem o ser humano como se fossem reais. E não são. O mestre indiano Paramahansa Yogananda costumava se referir à vida humana como um “filme cósmico”. Aqui chegamos como atores para interpretar papéis dos mais diversos, até que encontramos Deus, o grande Diretor – e Ele não está em outro lugar senão dentro de cada ser.
O equilíbrio, assim, é a meta. Ser comedido nos momentos de alegria e de tristeza é receita infalível ante a ilusão sensorial. Vida e Morte não existem. Apenas somos. E nos momentos mais difíceis é que precisamos dessa compreensão.
Entre o nascer e o morrer há o tempo. Coisa nossa. Passageira, mas que nos proporciona a ideia de que é preciso, sim, crescer. Ser mais. Evoluir. Amar. A saudade dos que ‘voltaram pra casa’ torna-se, então, algo saudável ante a certeza da vida eterna – e do reencontro.
Esse texto é dedicado a todos aqueles que passam por situações difíceis em todos os rincões do mundo. É, também, mais uma tentativa pessoal de absorver essa filosofia tão real e ainda tão difícil. É, acima de tudo, a minha sincera homenagem à família Nicéas pela tragédia acontecida nesse final de semana em Santa Teresa, no Rio de Janeiro. Que Deus nos abençoe, hoje e sempre...
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“Para cada um virá um tempo em que perceberá que todo o universo foi um sonho: quando descobrirmos que a alma é infinitamente melhor do que o que a cerca. É apenas uma questão de tempo, e o tempo nada é diante do infinito”. (Shirdi Sai Baba)
Concordo contigo Sidney, a ilusão da vida
ResponderExcluirterrena, nos impede de compreender exatamente
a nossa trajetória de muitas vidas terrenas,
isso é nossa alma em constante evolução cósmica!
Nossos profundos sentimentos para as famílias
e que encontrem compreensão destes momentos.
Paz Profunda!
Beleza, Ivanildo!
ResponderExcluirTive 2 perdas nos últimos 2 meses. O sofrimento pela perda é algo que nem mesmo o otimismo consegue amenizar. Mas acabamos por aceitar e crer que existe algo maior que tudo isso aqui. Aqui não é o cenário principal e está longe de ser. A gente mal nasce e já começa a morrer.
ResponderExcluirPerder não é fácil. Lidar com a dor também não. Mas a gente vai vivendo e se acostumando com as mudanças da ausência.
Bjs
É isso, Luiza. É "só" uma mudança de foco. É preciso olhar para morte com olhos positivos. Ainda que doa. Afinal, toda essa vida é mesmo uma breve ilusão... Valeu!
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