O diagnóstico é preciso: estou morrendo. Tenho alguns dias
de vida. Imprecisos, mas o certo é que não estarei por tanto tempo assim nesse
mundo.
O relógio apressa o passo. Cada vez mais os ponteiros
parecem querer tão somente me contrariar. Contudo, ao invés de lamentar o tempo
que me faltará, tentarei enaltecer os dias que me restam. São eles que devem
nortear meu prumo. São eles que me fazem ser – ao menos aqui nesse plano.
Recebi esse diagnóstico há 37 anos. Quando cá cheguei. O
mundo me tratou com festa, ignorando que o meu chegar tinha prazo de validade.
Impuseram-me a pecha de pobre mortal e pecador. Cresci. E descobri que nada
disso é verdade – exceto pelo infalível tempo de estada. Hoje, espero a minha
sentença: a morte!
Eis a nossa sentença. Perdemo-nos nas nossas próprias
hipocrisias. Tropeçamos nas nossas autolimitações. Tememos a morte.
Preocupamo-nos tanto com ela que esquecemos como devemos realmente viver.
O mais engraçado nisso tudo é que essa tal morte faz parte
da vida. Estou vivo. E após partir estarei... Vivo! Não sou pecador. Nem um
pobre mortal. Apenas sou. “Vivo” ou “morto”, apenas sou. E estou mesmo morrendo...
Graças a Deus!
***
Sábado, 01/12, 18h, performance e Noite de Autógrafos de "A Grande Ilusão" na Saraiva do Riomar Shopping!
E se a vida fosse uma montanha,a morte seria seu cume...
ResponderExcluirBela definição, Ro! ;)
ResponderExcluir