sábado, 8 de agosto de 2009

Pai é Pai

Aprendi o que é ser pai quando 'ele' me tornei. Entendo, hoje, os seus acertos e defeitos. E os tenho vivenciados dia a dia no meu cotidiano familiar. O vídeo abaixo, assim (um curta belíssimo), dedico ao meu pai (pela compreensão que tenho hoje do seu valor - imenso!), ao meu filho (para que desde já entenda o que isso significa) e a todos os pais, nessa data simbólica, mas fundamental...

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A Quinta-Feira em Três Vias


Chuva forte no Recife, nessa manhã de quinta-feira. Um certo caos se instalou nas ruas da cidade, como de costume (infelizmente), conturbando o cotidiano.

Na avenida Norte, os alagamentos nas laterais da movimentada via foram inevitáveis. Os pedestres fazendo das tripas coração para se locomover. E eis que um funcionário do município, dirigindo um caminhão de lixo da EMLURB, se divertia guiando o veículo por dentro das poças d’água, molhando os pedestres desavisados com a água suja. Um ‘belo’ exemplo de leviandade e ignorância.

Na BR-101 Sul, enquanto a chuva persistia em cair, uma viatura da Polícia Militar era conduzida por uma ‘autoridade policial’. Sentindo-se capaz de fazer o que bem entendesse ao volante, o PM motorista guiava o veículo enquanto falava ao celular e cortava outro carro pela direita, utilizando o acostamento. Um ‘belo’ exemplo de imprudência e arrogância.

Já na Rua dos Ramos, no bairro de São José, entre as chuvas da madrugada, os moradores acordaram devido ao choro insistente de um recém-nascido, abandonado na via. Defecado e coberto por formigas, o bebê foi resgatado por um morador. A polícia ainda não sabe quem é a ‘mãe’ da criança, que deu um ‘belo’ exemplo de irresponsabilidade e covardia.

Os fatos foram observados por este que vos escreve, no dia de hoje (exceto o caso do bebê abandonado, que é destaque na imprensa). Sentado à frente do computador, fico aqui somente imaginando qual a (infeliz) conexão entre a chuva, as vias do Recife e as pessoas com baixíssimo senso moral em nossa cidade. Quantas quintas-feiras ainda se repetirão?

quarta-feira, 29 de julho de 2009

[Videoblog] Quem Fez a Falta?

Essa foi o amigo João Cavalcanti que me mandou dia desses. Mais que uma situação hilária e, diria, absurda, num jogo de futebol, a cena mostra a sede violenta do homem que, em situações diversas - como nos esportes - revela seu lado mais agressivo. Ainda bem que tudo ficou no 'deixa disso' - mas que a cena é dantesca, isso é...

sábado, 18 de julho de 2009

VOCÊ É COVARDE!


Esqueça o papo ‘politicamente correto’. Esqueça também muitas das ‘verdades’ que lhe ensinaram. Ignore o tradicionalismo estéril, assim como todo esse merchandising em torno da ‘modernidade’. Esqueça. Pois, sim, VOCÊ É COVARDE!

É! Você mesmo! Que todos os dias ‘alimenta’ uma cadeia produtiva movida pelo extermínio de seres inocentes. Que financia a matança cruel de outros irmãos terráqueos. Que ‘engorda’ os cofres daqueles que promovem o ‘cultivo’ de seres para consumos variados, sem sequer se importar com os métodos cruéis e desumanos por eles empregados.

Você, que não sabe compartilhar o gratuito dom da vida recebido e insiste em ignorar o brutal assassinato em massa de animais para fins diversos. Você! Você! Você!

Sim! Você que come carne de cadáveres exterminados – como se não tivesse procedida de um ser vivo –, diariamente, e finge nada saber. Que pensa que, por ser ‘humano’ e dotado de ‘discernimento’, é superior aos outros seres sencientes. Que, por vaidades múltiplas, comodidade e crenças ultrapassadas, acha que tudo isso é ‘legal’ – e não se incomoda em ‘digerir’ toda essa cultura mórbida.

VOCÊ É COVARDE! E enquanto eu o acuso com meu dedo indicador, percebo que os outros quatro voltam-se contra mim. Ao menos, há algum tempo venho mudando meus hábitos e me desapegando, cada vez mais, dessa cultura de extermínio da sociedade humana.

E você, se quiser deixar de ser parte dessa ‘cadeia mórbida’ que só acelera a destruição do planeta, pode ao menos dedicar cerca de uma hora e meia do seu tempo para assistir, talvez, o mais impactante documentário sobre a relação do homem com o planeta e, especialmente, com os animais.

TERRÁQUEOS (com narração de Joaquim Phoenix).

Clique, assista e ‘contamine-se’ com a idéia de um planeta mais ‘humano’...

http://vista-se.com.br/terraqueos/

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Espetáculo Macabro


Em vida, talento nato que se perdeu com a fama. Garoto negro promissor, que rapidamente ganhou a mídia, mudou de status, de conta bancária e até de cor. Revolucionou a música POP. Misturou o homem com o artista. Confundiu fantasia com realidade – vice-versa – e morreu sem saber ao certo o que é o viver.

Após a morte, homem que virou mito. Ainda que não tenha sido um ser humano extraordinário e que não tenha deixado nenhuma realização imprescindível para a humanidade, foi sepultado como um deus. E chegou ao ‘outro lado’ sem saber ao certo quem realmente era.

O ontem achincalhado pela imprensa, agora é mitificado. De possível pedófilo passou a ‘criança’ iludida. A família já iniciou a briga pela fortuna. A mídia não cansa em explorar a sua morte e as consequências da mesma. O funeral foi um espetáculo macabro, assim como a própria vida do artista – fãs exibindo seus ingressos para um ‘show’ fúnebre, assim como ele exibia na face a própria perdição.

Michael Jackson... Rei?

sexta-feira, 3 de julho de 2009

[Videoblog] Somos como Animais?

O amor é mágico. É Deus. E todos O tem em si. Até mesmo o mais 'desprezível' dos homens.
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Assistindo ao vídeo abaixo, pensei na humanidade aturdida e percebi o quanto muitos de nós somos como os animais. A natureza é a nossa maior mestra... Fantástico! Assista até o fim e comente!



quarta-feira, 24 de junho de 2009

[Videoblog] Ignorâncias na Tradição

24 de junho. São João. Feriado. Cujo mote é um santo católico. João. Que teve importante missão histórica. Que teve o nascimento anunciado com uma fogueira. Luz que não se apagou até hoje em nome de uma tradição. Tradição essa que “justifica” uma poluição danada – e outra sonora, que pegou carona. E que fez essa data virar festa. E que misturou da pior forma cultura com tradição...

Da religião, festejo. Do festejo, cultura. Da cultura, tradição. Nesse caminho, muita coisa se misturou, confundindo raízes com teimosia. Afinal, cultura que não evolui se torna mera tradição – como soltar fogos (e os hospitais viram centro de socorro como se fosse época de guerra) e acender fogueira (e os hospitais, idem, e o meio ambiente que se vire) –, fazendo essa bela festa ganhar contornos ultrapassados.

A cultura é viva. A tradição, idem – desde que evolua com os conceitos do que é saudável ou não. Senão, cenas como essa (ver vídeo abaixo) se repetirão sem a menor necessidade, privilegiando o 'belo' (ou o 'divertido') em detrimento do saudável; ignorâncias na tradição...

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Ah! Se Eu Fosse 'Dunga'...


Em nome do “profissionalismo” e do “marketing” o futebol virou “negócio”. A Seleção Brasileira que o diga. A principal. Fonte de inúmeras negociatas envolvendo clubes, empresários e a própria CBF, num ciclo de cifras abundantes.

Ciclo esse que alimenta outro, menor, interno, voltado para o eixo Sul-Sudeste. Onde jogadores que lá atuam são sempre foco para a ‘canarinha’. São convocados e vão para o exterior. Ou vice-versa. E nesse ‘vai-e-vem’ o futebol de ‘lá’ vai ficando cada vez mais forte. E o de ‘cá’ – leia-se resto do país – fica a mercê.

Dia desses o técnico Dunga foi questionado. Perguntaram quando o Nordeste terá um jogador novamente na Seleção. Vou além: quando um jogador atuando num clube do Norte-Nordeste vai para a Seleção?

A saída do ‘professor’ foi insinuar culpa aos clubes, que “devem trabalhar melhor para revelar bons jogadores”. Brilhante. Clubes com orçamentos muito inferiores aos do citado eixo. Que não são beneficiados pelo referido ‘ciclo’. Que veem seus potenciais craques partir para as bandas de ‘lá’, sonhando com voos mais altos.

Por essas e outras, a Seleção Brasileira - a principal - perdeu o glamour. Não consigo torcer para esses ‘produtos’ que vestem o amarelo da nossa bandeira (por melhores jogadores que sejam). Não consigo mais compactuar com esse cartel escuso, que mantém um esquema no qual a maior parte do país é excluída. Posso parecer o ‘Zangado’ nessa história, mas, garanto, se eu fosse o ‘Dunga’...

Contudo, enquanto minhas palavras se perdem na imensidão da ignorância da maioria, vejo que as seleções secundárias cumprem com louvor sua função. Sub-15, Sub-17, Sub-20. Contando com talentos de outras regiões do país. Essas, sim, verdadeiras seleções brasileiras.
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Ah! Se eu fosse ‘Dunga’...

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Che, Gandhi e o Mundo


Em épocas diferentes, mas ainda tocantes, dois símbolos promoveram revoluções. Um no Ocidente. Outro, no Oriente. Um pegando em armas. Outro pregando a não-violência. O que mudou no mundo desde então?

O argentino Ernesto Rafael Guevara, o Che (1928-1967), tocou-se com a miséria na América Latina. Médico, mente privilegiada, aliou-se a outros ‘companheiros’ e iniciou uma das mais marcantes revoluções do nosso tempo: o movimento 26 de julho, que acabou por tomar o poder em Cuba. Ajudou a formar uma milícia que, pouco depois, tornar-se-ia um exército e iniciaria o governo comunista mais ousado da história.

Mais que armas, Che pregava a independência contra o ‘imperialismo’ das grandes nações – em especial dos Estados Unidos. Ensinou diversas pessoas a ler e escrever. Atendeu ao povo pobre de Cuba usando seus dotes de médico. Mostrou que, às vezes, é preciso sair da inércia e enfrentar as dificuldades. E não hesitou em usar da violência para tal fim. Assassinado em 1967, na Bolívia, viu sua utopia igualmente sepultada: a de espalhar a revolução por toda a América e promover, aos seus olhos, a justiça social.

Décadas antes, nascia em 1869, na Índia, Mohandas Karamchand Gandhi, o 'Mahatma'. Cresceu atento às leis injustas de sua terra e, não por menos, formou-se em Direito, em Londres. Atuou na África do Sul e na própria Índia, iniciando um movimento pacifista em prol dos direitos dos Hindus e da independência do seu país. Diferentemente de Che, Gandhi enxergava na não-violência a solução para promover mudanças. Abdicou de todos os seus bens materiais e mergulhou nas crenças religiosas e na força do seu conhecimento das leis.

Iniciou, assim, a maior revolução pacífica da humanidade. Enfrentou os poderosos ingleses e as divergências do seu povo. Ao invés de infligir sofrimento, assumiu-os: fez várias greves de fome, que sensibilizaram o povo e amenizaram os inevitáveis confrontos que teimavam em acontecer. Assassinado em 1948, viu sua utopia igualmente sepultada: a de ver a justiça social em evidência e a violência banida do coração dos homens.

Os olhos justiceiros de Che contrastam com a força iluminada de Gandhi. E ambos são exemplos de uma luta pelo bem comum – um, equivocado pelo uso da força bruta; outro, um tanto esquecido justamente por mostrar que a verdadeira força para a mudança é o amor.

E eis que os anos passaram. Com armas ou não, o mundo permanece avesso à justiça de Che – então reduzido a um ícone revolucionário – e à paz de Gandhi – figura divina então reduzida ao símbolo de um mundo utópico. Até quando?

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Os Donos da Rua

ESPECIAL TRÂNSITO - PARTE 1


Pedir, que há muito virou ofício, vem cada vez mais ganhando contornos ‘legais’. Agora, esmola sob intimidação é o trunfo. O direito de ‘ir’ e ‘vir’ quase que cerceado. E as ruas vão ganhando ‘proprietários’, que ocupam território livre e impõem suas condições.

Guardadores de carros. Flanelinhas. Donos da rua.

D’onde surgiram tão numerosos? Frota excessiva, escassez de vagas para estacionamento, desemprego... As livres vias de outrora, públicas, caíram nas mãos do ‘excluídos’ – uns, desempregados, honestos, buscando ocupação e renda através de uma espontânea ‘prestação de serviços’; outros, quase meliantes, exercendo um poder de cobrança inexistente e ‘privatizando’ à força o direito alheio.

Nesse entremeio está o cidadão comum, pagando esses ‘impostos informais’ em cada via em que se precise deixar o carro nesse vasto país, como se fosse isso normal. E o ‘novo ofício’ vai ganhando cada vez mais adeptos, trabalhadores informais com renda muitas vezes maior que a da maioria da população.

Como quase tudo no Brasil, a questão tem seu ‘ponto G’ mais embaixo e envolve uma série de componentes: sociais, econômicos, políticos, culturais... Ainda assim, ficam as perguntas: Quem tem real direito sobre as vias públicas? Quais os limites entre o direito individual e coletivo? Quem são os verdadeiros donos da rua?

Enquanto o problema se acentua e as autoridades continuam empurrando a situação com a barriga, vou logo guardando uns ‘real’ para os donos da rua. E nesse ir e vir pelas cidades brazucas, vou pagando pra ver...