quinta-feira, 12 de maio de 2011

Uma Crônica Curta

Fim. A morte chega para todos. Não adianta atrasar o relógio, nem reduzir o passo. Adianta, sim, chegar ao fim, como se fosse isso natural – e o é.

Num mundo cada vez mais fast, se morre por falta de food. A desigualdade contrasta em muito com os lucros da deturpada globalização. E ainda que ‘sem fronteiras’, o mundo continua dividido por numerais ordinais.

Fim. Talvez seja essa a morte da coletividade. E nem sequer aprendemos a começar...

4 comentários:

  1. Poucas palavras e muita sabedoria.Vc é demais!
    Abç

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  2. "E nem sequer aprendemos a começar..."

    "Quem sabe a morte angústia de quem vive..."

    O fim também é o começo. A chegada da morte para uns é alívio da alma, para outros castigo... interrupção irrevogável.

    O mundo atual? Caos delicadamente criado pelas mãos de quem o ocupa. Sequer notamos que somos nós os criadores desse caos, cujo ponta pé incial seria a falta de humanidade. Tem fim pior que esse? Ser humano e não ter humanidade? A enchada está em nossas mãos e estamos cavando um sepulcro cada vez mais fundo... e aos milhares vamos caindo e caindo...

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